Relatório de Gestão – Outubro 2019
Constância Fundamento FIA
O fundo apresentou uma rentabilidade de 1,73% no mês, comparada a uma variação de 2,36% do Ibovespa no mesmo período. O impacto líquido das operações de proteção da carteira foi positivo em 0,19%.
No acumulado do ano, o fundo apresentou uma rentabilidade de 29,52%, comparada a 22% do Ibovespa no mesmo período.
Durante o mês, o retorno do Ibovespa foi fortemente concentrado em Petrobrás, que representou 1.184 pontos da alta total de 2.474 pontos. A carteira do Fundamento FIA é altamente diversificada e contém uma elevada proporção de ações não pertencentes ao Ibovespa, uma estratégia que tem produzido excelentes resultados de médio prazo, mas que pode desviar negativamente do índice em determinados momentos, como em outubro.
Pela primeira vez no ano, as expectativas de crescimento do PIB foram revisadas para cima. Com isso, ações do setor de consumo tiveram um ótimo desempenho, como: ARZZ3 (+19,5%), GRND3 (+14,2%) AMAR3 (+12,7%), CNTO3 (+19,65%), MGLU3 (+20%). A ABEV foi um destaque negativo (-9,7%) decepcionando com resultados piores devido à concorrência.
Ações do setor de incorporação imobiliária foram bem novamente, como mostram as seguintes variações: RDNI3 (+24,8%), TRIS3 (+20,7%), HBOR3 (+19%) e EVEN3 (+16,1%). Durante o ano, investidores compraram R$ 5 bilhões em novas ofertas de ações neste setor.
A carteira do Constância Fundamento FIA detém aproximadamente 20% do patrimônio alocado nestes dois setores.
Confira todas as características, histórico e disclaimers do Constância Fundamento FIA aqui.
Vantagens da diversificação de exposição a fatores de risco
Mantemos uma diversificação estrutural entre fatores de risco na carteira do Fundamento FIA. Cada fator exibe comportamentos diferentes nos distintos ciclos econômicos.
Um bom exemplo das vantagens desta diversificação é dado pela comparação dos retornos Long/Short (para neutralizar oscilações de mercado) de dois fatores que utilizamos: Qualidade e Baixo Risco. Apesar de individualmente apresentarem boa contribuição aos retornos nas carteiras no médio prazo, podemos observar sua descorrelação em 2019.
Na medida em que a recuperação econômica torna-se mais clara, um grupo crescente de investidores mostra-se propenso a diminuir sua alocação em ações tidas como muito defensivas (“baixo risco”) e busca opções de investimento com maior retorno potencial e volatilidade.
Constância Brasil FIA
O Constância Brasil FIA apresentou rentabilidade de 2,27% ficando muito próximo dos 2,36% do Ibovespa em outubro.
Apesar do modelo sistemático ter apresentado variação abaixo do índice, conseguimos gerar retornos positivos na porção discricionária levando o fundo a um resultado satisfatório.
No mês, o Índice atingiu o seu topo histórico por várias vezes e os destaques de contribuição para isso foram: a Petrobrás com a expectativa do mega leilão do Pré-Sal, correspondendo por mais de 1% da alta e os papéis da própria B3 correspondentes com mais de 0,5%.
A carteira segue bastante pulverizada com 79 posições. A maior delas é a Petrobrás, com alocação próxima ao Ibovespa.
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Constância Absoluto FIM
O fundo subiu 1,93% em outubro, com ganhos tanto nas estratégias de Long Short Sistemático (+1,32%) como nas arbitragens e posições para eventos (0,61%).
No Long Short destacamos a contribuição dos fatores de risco “crescimento” (+3,88%) e “baixo risco” (-1,66%) o que parece ser explicado por uma atividade econômica em recuperação mais evidente em alguns setores e maior apetite de risco dos investidores.
As estratégias de arbitragens e posições para eventos contribuíram com +0,61%, sendo as posições com opções de Petrobras o maior ganho.
As posições do fundo têm direcionalidade muito baixa, por isso não há correlação dos resultados com a valorização.
Seguimos com posições com perda limitada para o evento de um potencial entendimento, mesmo que parcial, das negociações entre China e USA.
Confira todas as características, histórico e disclaimers do Constância Absoluto FIM aqui.
Constância Easynvest
O fundo Easynvest FIRF Crédito Privado é uma parceria exclusiva da Constância Investimentos com a Easynvest.
Gerimos uma carteira altamente diversificada de títulos de debêntures, letras financeiras, CDBs, títulos públicos e termos (risco B3). São mais de 80 investimentos em renda fixa em uma só carteira, todas com grau de investimento (rating acima de BBB-). Alguns exemplos de investimentos são debêntures de Natura, Localiza e Lojas Americanas.
Vemos um mercado mais desafiador para as próximas semanas em função de um fluxo de venda de títulos, apesar do risco de crédito não ter se alterado. Pelo contrário, existe um otimismo com o futuro das empresas brasileiras e oportunidades de compra que começam a aparecer. O fundo rende 101% do CDI este ano e 103% desde o início de sua estratégia.
A performance pior dos fundos de crédito privado em outubro se deu por alguns terem comprado debêntures indexadas ao CDI em taxas pouco atraentes.
Para exemplificar: alguns ativos, que do nosso ponto de vista, negociavam a 115% do CDI e ofereciam uma boa remuneração pelo risco, começaram a negociar a 105% com compradores a qualquer taxa pelo fluxo de novos clientes, fazendo com que os fundos que detinham estas debêntures rendessem acima do seu objetivo.
Por exemplo, um fundo que deveria ter uma carteira de 115% de rendimento, 10% do CDI em custos e um retorno de objetivo de 105%, começou a ter retornos de 120% na carteira pela valorização dos títulos, além da remuneração dos juros, chegando a 110% do CDI. Agora ocorre o processo inverso.
Alguns gestores com muitos resgates (não é o caso do Easynvest) estão tendo que vender, fazendo com que momentaneamente alguns fundos tenham performance pior, embora o risco de crédito não tenha alterado. Vemos esta conjuntura de preços como oportunidade e já notamos títulos que antes rendiam abaixo de 110% do CDI agora acima de 120%.
Confira todas as características, histórico e disclaimers do Constância Easynvest aqui!