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Relatório de Gestão – Setembro 2021

Relatório de Gestão – Setembro 2021

Devido à pandemia, o mundo vive renovados choques inflacionários causados por restrições de oferta, gerando escassez no suprimento de insumos e de produtos como petróleo, gás natural, chips, serviços de logística, etc.

A isso somam-se o clima muito adverso em vários países – o que causa disrupção da produção de energia e inflação de alimentos –, desaceleração da economia chinesa e as incertezas permanentes no cenário doméstico, principalmente ligadas ao andamento de reformas e ao quadro fiscal.

Com esse cenário, o mercado foi conturbado no Brasil e também nos países desenvolvidos, resultando em expressivas queda de ações e alta dos juros.

 

Fatores de Risco

Com esse pano de fundo de muita de incerteza, inflação persistente e maior volatilidade de preços, o retorno dos fatores de risco no período foi bem distinto: momentum e crescimento apresentaram queda, enquanto baixo risco, valor e qualidade tiveram retornos positivos.

Esse comportamento representa uma mudança do que prevaleceu desde o início da pandemia – desde as mínimas em março 2020 até junho 2021, a alta de mais de 100% nos preços das ações foi liderada principalmente por ações de momentum e crescimento.

Nesse mercado pró-risco, não é de causar espanto o fato que baixo risco (estratégia que tem retorno esperado um pouco acima do desempenho do mercado no longo prazo investindo em ações de baixa volatilidade e baixo beta) apresentar retornos menores.

Não é a primeira vez em que, durante um grande rally, esse fator fica aquém do mercado. Porém, o que chama nossa atenção foi o fator não obter bons retornos durante a recessão da pandemia, com um drawdown que durou até o segundo semestre desse ano.

O hiato de avaliação entre as empresas de baixo risco e o resto do mercado indicava um desconto histórico dos mais altos entre os que temos dados para avaliar.

Temos argumentado que a atratividade desse fator, assim como a do fator qualidade, está bastante elevada. A preferência clara do mercado por empresas de crescimento indica também complacência com os riscos ligados a esse tema. Predileção, a nosso ver, verificável por avaliações muito elevada de empresas como as de varejo eletrônico, bancos digitais e do grupo de empresas constantemente associadas a tecnologia.

Apesar de conseguirmos medir o retorno e atratividade dos fatores, não tentamos escolher o melhor momento para investir em cada um – mudanças de regimes de mercado são extremamente difíceis de se prever; portanto, preferimos alocação diversificada entre os estilos.

 

Constância Fundamento FIA

O fundo apresentou retorno de – 4.73% e acumula rentabilidade de -1.21% no ano, contra um Ibovespa de -6.57% e -6.75%, respectivamente. As posições de hedge contribuíram com +0.22%.

Observamos continuidade na realização de momentum e crescimento iniciada em julho – fatores que apresentaram ótimo retorno desde o início da pandemia; baixo risco e valor tiveram retornos bem melhores que o Índice Bovespa; momentum e qualidade desempenharam em linha com o índice.

As principais contribuições positivas vieram dos investimentos no setor de Alimentos +0.87%, com destaque para MRFG3 (+31.0%) e JBSS3 (+19.9%); Agropecuário (+0.29%), com AGRO3  (+7.7%) e LAND3  (+7.0%).

O setor Financeiro trouxe resultado negativo (-1.13%), com a queda nas ações da PSSA3 (-12.6%) e ABCB4 (-11,0%), assim como Mineração, com -1.11% decorrente do recuo nas ações da VALE3 (-15.2%).

desempenho setores na bolsa

Confira aqui todas as características, histórico e disclaimers do Constância Fundamento FIA.

 

Constância Absoluto FIM

O Fundo entregou uma rentabilidade de +1.09% no mês e já acumula +10.16% em 2021.

A estratégia Long & Short Sistemática obteve contribuição de +1.55% para a cota, com bons retornos dos fatores baixo risco e qualidade.

As estratégias de eventos responderam com -0.50%; volatilidade trouxe +0.07% e os hedges contribuíram com +0.30%. Posições de de arbitragens não tiveram contribuições significativas. Taxas, custos e caixa responderam por -0.70%.

Foram poucas as alterações na carteira durante o período: na composição do Hedge, à posição comprada em Ouro adicionamos estratégias de proteção em índice Bovespa e compra em volatilidade no setor de petróleo.

Confira aqui todas as características, histórico e disclaimers do Constância Absoluto FIM.

 

Constância Previdenciário

O Fundo entregou rentabilidade de -0.14% no mês.

A estratégia Long & Short Sistemática e Long Only baseada em fatores de risco, que respondem por com 40% do PL (Patrimônio Líquido) comprado e 19% do vendido, obteve contribuição de -0.13%.

A alocação offshore (8,3% do PL) trouxe +0.13%; Renda fixa, com 40% do PL, detraiu 0.15%. Caixa, despesas e taxas responderam por +0.01%.

Confira aqui todas as características, histórico e disclaimers do Constância Previdenciário FIM.

 

Julio Erse
Diretor de Gestão