Carta de Gestão – Fevereiro 2024
Constância Fundamento
Em fevereiro, o fundo Constância Fundamento apresentou performance de +0.80% no mês, comparado aos +0.99% do Ibovespa. A estratégia sistemática multifatorial apresentou +1.42% no mês, puxada principalmente pela boa performance dos fatores momentum (+4.16%) e valor (+3.69%).
O book Alpha, de desvios discricionários, teve no mês uma contribuição negativa de –0.44% para o retorno do fundo. Os principais detratores do resultado foram posições compradas em ações do setor Imobiliário e posições underweight nos setores de Telecomunicações e Farmacêutico. Ganhos em empresas ligadas a consumo compensaram parcialmente essas perdas.
Por fim, obtivemos retornos de +0.05% em nossa estratégia de volatilidade e perdas de –0.09% em nossa estratégia de Hedge. Caixa (+0.02%) e despesas (-0.16%) compõem ainda o resultado.
Seguimos otimistas com as perspectivas para Bolsa brasileira: a inflação brasileira tem mostrado uma tendência benigna, que esperamos ser reforçada nos próximos meses com a redução dos impactos do El Niño nos preços dos alimentos. O Banco Central deve continuar em seu ritmo de cortes de 50bps por mais várias reuniões, caracterizando um ciclo de afrouxamento monetário prolongado — ciclos que historicamente são muito positivos para a Bolsa.
O principal freio para uma aceleração mais aguda da Bolsa é, a nosso ver, o cenário externo. A previsão de início do ciclo de cortes americano foi postergada ao longo do primeiro bimestre, agora para o começo de julho. A despeito disso, vemos que quando ela se iniciar isso ensejará forte liquidez nos mercados globais, favorecendo também o mercado brasileiro.
Primeiro corte | Último corte | Selic inicial (%) | Selic terminal (%) | Retorno Ibov no período | Retorno anualizado | |
29-mar-00 | 17-jan-01 | 19 | 15.25 | -4.8% | -4.1% | |
20-fev-02 | 17-jul-02 | 19 | 18 | -4% | -6.8% | |
18-jun-03 | 15-abr-04 | 26.50 | 16 | 60.9% | 48.7% | |
15-set-05 | 6-set-07 | 19.75 | 11.25 | 85.8% | 24.2% | |
21-jan-09 | 22-jul-09 | 13.75 | 8.75 | 37.7% | 55.7% | |
31-ago-11 | 10-out-12 | 12.50 | 7.25 | 3.5% | 2.1% | |
19-out-16 | 5-ago-20 | 14.25 | 2 | 61.9% | 9.2% | |
Média | 34.4% | 18.4% | ||||
Ciclo atual | 8-fev-23 | – | 13.75 | 11.25* | 5.7%* | 6.8% |
* nota: até 29/02/2024 |
Confira aqui todas as características, histórico e disclaimers do Constância Fundamento FIA.
Constância Absoluto
O fundo Constância Absoluto mostrou retornos negativos de –0.86% no mês, comparado a +0.80% do CDI. A performance no mês foi explicada principalmente pelos resultados das estratégias sistemática multifatorial (-0.51%) e de arbitragens (-0.83%).
Dentre os fatores, performaram bem valor (+2.70%) e momentum (+2.02%). No entanto, essa performance não foi suficiente para compensar as perdas em outras famílias, como baixo risco (-0.88%), qualidade (-0.79%), e crescimento (-0.92%). A underperformance desses fatores é explicada principalmente pela ponta short, onde alguns papéis de alto risco/ baixa qualidade/ baixo crescimento apresentaram retornos relevantes.
Já a estratégia de arbitragem sofreu por conta de resultados negativos em um trade de valor relativo no setor Imobiliário, que respondeu por dois terços da queda de –0.83% da estratégia. Outras estratégias tiveram influências menores, mas com destaque positivo em Siderurgia, em que houve uma correção na relação de múltiplos entre empresas do setor, contribuindo com ganhos de +0.12% na estratégia.
Confira aqui todas as características, histórico e disclaimers do Constância Absoluto FIM.
Constância Previdenciário
O Fundo teve uma rentabilidade de 0.53% no mês, ligeiramente abaixo do CDI (0.80%). No acumulado em 12 meses, porém, a performance supera com bastante margem o custo de oportunidade — 18.97% ante 12.69%. Os destaques do período vieram das estratégias combinadas de renda variável sistemáticas – valor relativo (Long&Short) e direcional (Long Only), com contribuição de, respectivamente, 5.4% e 5%; a posição em renda fixa contribuiu com 10.3%, se beneficiando da queda dos juros prefixados observada no período.
Caixa, taxas e carrego explicam o restante da composição do resultado. A alocação de risco entre classes de ativos atualmente é de: 53% em renda variável, sendo 29% em Long Only e 24% em Long&Short; e 30% em renda fixa.
O restante está distribuído entre caixa (9%) e offshore (8%). Diante da expectativa de continuidade do ciclo de queda dos juros (Selic) e seus potenciais efeitos favoráveis para a Bolsa e os ativos prefixados e indexados à inflação, acreditamos que o fundo está bem posicionado para capturar uma performance superior ao CDI ao longo dos próximos meses.
Confira aqui todas as características, histórico e disclaimers do Constância Previdenciário.